Pesquisar este blog

Artigos

15 maio 2011

O futuro do agronegócio brasileiro corre perigo


Brasil terra de imensas florestas, culturas diversificadas de norte a sul, nossas belas praias que atraem centenas de turistas de tantos lugares do mundo atrás do nosso carnaval, das nossas crenças e legados, do nosso churrasco no Rio Grande do Sul, dos nossos queijos mineiros, dos nossos acarajés e vatapás na Bahia.
         Brasil que exporta alimentos para grande parte do planeta, a soja, o milho, as carnes, o trigo, o café reconhecido mundialmente, a cana de açúcar, o petróleo. Brasil que produz, que planta, que cria, que alimenta.
Uma vasta expansão territorial, com cerca de 338 milhões de hectares agricultáveis dos mais de 800 milhões de hectares que constituem o país, representando 22% em termos mundiais, o que faz de nós um dos maiores celeiros na produção de alimentos, alimentos essências a sobrevivência da espécie humana e animal, alimentos necessários para gerar energia sustentável, alimentos que sustentam o país em épocas de crise financeira.
Brasil do agronegócio que movimenta R$ 350 bilhões de reais por ano, 29% do PIB total do País segundo a CNA. Centenas de propriedades rurais destinadas a produção de alimentos, propriedades estas hoje ameaçadas por ambientalistas sem os pés no chão.
Ambientalistas que consideram o produtor rural um dos maiores bandidos da história, pior do que os terroristas. Tudo porque o produtor precisa de ares para produzir alimentos, os mesmos que alimentam as bocas desses ambientalistas que os julgam e condenam.
Ambientalistas que não enxergam a verdadeira realidade do país, que possui reserva legal em comparação a outras países como os Estados Unidos onde a situação é bem diferente. Ambientalistas que lutam agora para que as áreas de produção sejam reflorestadas com mata nativa, que fazem exigir por lei áreas de preservação perto de rios, riachos, nascentes.
Porem estas exigências são apenas para fora do perímetro urbano, onde existe já alguma preservação. Mas sejamos justos, já que é para preservar, reflorestar, porque não o fazer de uma maneira generalizada, em todo o território e não apenas no campo, afinal a área urbana também faz parte do meio ambiente.
É fácil governantes multarem, prenderam os produtores que os alimentam, porque não fazem com o povo das cidades que desmatam as beiras de rios também para construírem suas casas, suas fabricas? O código ambiental que esta em alta também deveria abranger os centros urbanos, com suas incontáveis toneladas de concreto.
As encostas de morros ocupadas por centenas de famílias, onde a cada estação chuvosa milhares de pessoas morrem, perdem suas casas, os grandes lagos, rios que cortam as cidades sem algum tipo de preservação, rios com águas poluídas pelo lixo urbano, pelo esgoto, água que é consumida pela população urbana, porque a rural nem saneamento básico as vezes possui por negligencia de governantes.
Os centros urbanos que sofrem com as chuvas, como no caso de São Paulo que a qualquer chuvinha mais forte já deixa tudo alagado, porque a água não tem por onde escorrer, afinal é só concreto e cimento por onde se vê. Não posso dizer que não haja vegetação nos centros urbanos, mas não são suficientes.
E a poluição, seja das fábricas como dos veículos, veículos que dependem de combustível, seja derivados de petróleo ou os bicombustíveis gerados a partir do milho, da cana de açúcar conseguidos através dos esforços dos nossos produtores rurais, o nosso etanol.
Os centros urbanos que poluem que desmatam para criação de suas inúmeras favelas, para construir prédios, centros urbanos onde moram os ambientalistas que não enxergam ao redor de si e vão logo punindo quem não deve. Como se os produtores rurais tivessem culpa dos grandes aglomerados urbanos e seus inúmeros problemas ambientais.
O engraçado de tudo é que o produtor que esta lá na sua propriedade preservando a água que tem para beber, o campo que lhe da sustento e sustenta toda uma sociedade, que as vezes não consegue escoar sua safra devido a má conservação das estradas por parte dos governantes, produtor que se tiver prejuízo tem que se virar para quitar as dividas, implorar prorrogações de prazos, que tem que recomeçar do zero as vezes, deve também responder por problemas ambientais gerados por uma população urbana que não está nem um pouco preocupada.
Fico a imaginar o que aconteceria se houvesse uma revolta dos homens e mulheres trabalhadores do campo, se parassem de produzir o que quer que fosse, como os ambientalistas e governantes iriam se virar para alimentar tanta gente. Importando de outros países? Os custos seriam altos demais, o PIB nacional teria forte queda, a economia afundaria em qualquer ameaça de crise. Mesmo que viessem a importar os outros países também precisam alimentar suas populações, não poderiam vender tudo ao Brasil, sem falar da fama, o que tenho certeza que é o mais importante aos ambientalistas, já pararam para pensar como seriam vistos, por exemplo, pela ONU?
Realmente, se formos analisar bem a situação o problema não está no meio rural, e sim nos grandes centros urbanos.